segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Gorges du Verdon

Opa, finalmente um passeio! Nada de problema com professores, procura de lugares para morar, abertura de conta em banco, tentativa de falar em francês sem ser entendida... Um descanso!!! Bem, nem tão descanso assim, a excursão era toda em francês, então ouvi e falei francês o dia todo. C'est terrible!!! 


Na descrição do passeio dizia: Saint Croix e Moustier de Saint Croix. Perguntei para a mocinha da secretaria do que se tratava, como eram os locais, mas ela me disse que não fazia ideia de onde e o que era este passeio. Vamos dar um desconto, ela é alemã e está fazendo um estágio na escola. Ainda tem muuuito o que aprender. Eu acabei embarcando porque o passeio era barato em comparação com a quantidade de tempo, saída às 8hs30 e chegada 18hs30!
Segue um pequeno vídeo para que vocês vejam que tapete de estrada... Me deu até saudade de dirigir...





Nossa primeira parada foi numa cidade que não faço ideia do nome, pardon! Também não é um local importante, pois só paramos lá porque estava tendo uma feirinha com tudo que já tem em Aix. Aquelas coisas de excursão... Parada para comprar os badulaques da região!
Esta foto aqui é um presentinho... Ia comprar algo nesta padaria, mas estava lotada!!! Olhem bem a vitrine, é de dar água na boca! 
Estas são minhas novas amigas. Tile e Madeleine, já falei delas em outros posts. Por coincidência (ou só porque o passei é da escola!) nos encontramos no ônibus e já sentamos perto umas das outras. Foi bom ter companhia a viagem inteira. 

Mesmo a Tile sendo brasileira só conversamos em francês! Bom demais até umas 16hs, depois já estava exausta e pensar em francês foi difícil... Já estava dizendo que o que gostei não gostei e que não ia descer na parada da minha casa porque ia para a minha casa. Ninguém entendia mais nada do que eu estava dizendo... Faz parte!

Outra nova amiga, com um nome tão difícil quanto o da Tile, mas pelo menos esta é alemã, é a Una. Já falei dela também. Viemos também sentadas perto e trocamos algumas ideias com nosso vocabulário macarrônico de francês!


Enfim, chegamos a nosso primeiro destinno: o lago Saint Croix (se fala san croá). É um lago artificial, foi criado em 1973 por conta de uma hidrelétrica. É como a usina que está sendo construída no Pará, Belomonte, muitas pessoas moravam no local e foram retiradas. É o lado triste da história do lago. O lado bom é que ele é lindo, igual ao nosso lago Paranoá, que também é artifical. Vejam como dá a sensação de estar em Brasília só de ver a foto! ahaha
Brincadeiras a parte, o lago é maravilhoso, uma visão realmente très joile!


Quando vi este cenário me senti num daqueles filmes lindos e românticos. A cor da água, os rochedos, tudo muito belo. Aqui é o que chamam do Grand Canyon da França. Os barcos lá embaixo são pedalinhos e barcos a remo. Você pode alugar um pedalinho para 4 pessoas por 16 euros. Sai bem em conta, o difícil é pedalar durante uma hora para dar toda a volta no lago. Eu realmente passei a minha vez e preferi apreciar a paisagem e fotografar!



Essa é uma ponte na qual de um lado você vê esta parte com rochedos e do outro só o lago com o local próprio para tomar banho. 
Como eu não sabia o que era o passeio não levei biquini, mas experimentei um pouco da água: não é gelada, tem uma boa temperatura e é a muito, muito transparente.


O chien não podia ficar de fora. Foi a primeira "pessoa" que encontrei. Ele estava com os donos numa paz, numa tranquilidade... Os donos estavam passeando de pedalinho e ele lá, sossegado perto do trailler. Eita vida boa. Não saiu da nossa frente de jeito nenhum, e olha que cheguei perto pra tirar a foto.


Ainda demos uma parada para molhar os pés e conversar. Também foi uma ótima hora para um lanche. Ainda bem que tinha levado bastante coisa. Fora o pedalinho, infraestrutura zero no local. Talvez por isto a água seja tão limpa e tudo tão organizado.


Olha que flores interessantes... Não sei bem o que são, nunca tinha visto, mas pessoalmente são de um colorido estranho, porém bonito!
Após uma hora neste local, subimos para a cidade de Moustier de Saint Marie. Durante a subida fizemos algumas paradas para tirar mais fotos do lago. Sei que vou ser repetitiva, mas não é coisa de filme?! Algumas coisas na vida fazem várias outras terem valido a pena... Lembrem-se, nem tudo foram flores até aqui, mas as flores que vieram foram as mais belas que poderiam existir...
Mais um videozinho. Não sei se é possível perceber a beleza por uma coisa tão mal filmada, pardon, mas sou melhor tirando fotos!!! Mas espero que vocês consigam ter um pouco da sensação que eu tive!





Esta é outra amiga do curso que já comentei, a Milena, também é alemã, fala inglês muito bem, mas nosso contato é em francês mesmo. Com ela eu consigo conversar melhor!



Pelo que entendi, toda esta região se chama Gorges du Verdon e lá em cima encontramos a cidade de Moustier de Saint-Marie. A cidade é linda, é tudo o que sempre imaginei que encontraria aqui na França.




As casas, as ruas, tudo muito cuidadoso, antigo, quase medieval. A cidade têm muitas fontes, cascatas e é muito arborizada. É uma petit village, pois só têm 700 habitantes. Em algumas fotos vocês perceberão pratos, copos, xícaras de cerâmica, que é a principal fonte de renda da cidade, que foi criada por alemães. Em alguns lugares se vê inscrições em francês e alemão. Una e Milena devem ter se sentido em casa.













No alto da cidade há uma igreja. Assim que chegamos o guia nos falou e mostrou a igreja. Eu pensei: é brincadeira, ele não espera que subamos ali... E todos foram para as lojinhas. Nesta hora a Tile me disse: é cansativo, mas deve ter um monte de surpresas no caminho. Então pensei: vou subir só um pouco, até metade do caminho, para ver se descubro estas surpresas. E fui subindo, subindo... Foi muuuito cansativo, mas cheguei lá! Segundo nosso guia, quem chega a igreja e faz um pedido é atendido, pois só quem está desesperado para subir até o topo!








A paisagem e poder ver a cidade do alto são as surpresas do caminho. 
 Mas acho que a maior surpresa é perceber que se pode chegar lá, que indo com força de vontade você chega até nos lugares que pareciam impossíveis. Parece frase de livro de autoajuda, mas foi assim que me senti. 








A entrada da igreja... Parece um milagre, não pela beleza, que nem achei bonita, mas pela sensação de "CHEGUEI".  

E depois de um dia inteiro de grande esforço físico e mental chegamos ao fim do nosso passeio.
Madeleine quis me agradecer antes da viagem de volta começar pela companhia, companheirismo e simpatia. Eu é que agradeci por tudo. Deus é muito bom para todos nós e temos que valorizar isto. Foi um dia divertido e, principalmente, vi coisas que nunca, nunca imaginei nem nos meus melhores sonhos! 
Já ia esquecendo, fizemos uma parada totalmente desnecessária em mais uma lojinha meio exotérica. Várias coisas para degustar, todas ruins. 




Fazer um curso de culinária com os donos desta loja é pedir para ser expulso de casa!  






Vinhos....






                           E azeites...
Sentamos para olhar o rosto de todos os que saíam da loja. Quase morremos de tanto rir. Casa um saía com uma cara pior que a outra, no estilo: "meu Deus, o que viemos fazer aqui?!"
Péssima ideia do guia de passar aqui depois de tanta coisa bonita e gostosa! Zero sacolas na mão!


Ah, por falar em coisa gostosa, ia esquecendo de contar uma experiência catastrófica em Moustier Saint Marie. Resolvi comprar um sorvete de lavanda para experimentar. Feche os olhos e lembre daquele cheiro maravilhoso de sabonete de lavanda... Agora, ainda com os olhos fechados, se imagine lambendo o sabonete e... voilá, agora você já sabe como é um sorvete de lavanda. Sei que o euro está caro, mas o meu sorvete foi parar na corbeille!!!

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